Sessão Pública debate o projeto "Botão do Pânico"
Na manhã de hoje (19), na Câmara
Municipal de Belém, aconteceu a sessão pública que debateu, além do projeto “Botão
do Pânico”, alternativas que contribuam para que a segurança pública no estado
do Pará encontre caminhos para mais investimentos e participação da sociedade. A
sessão foi convocada em caráter de urgência pelo vereador, Toré Lima (PRB), na
última terça-feira (3), deste mês.
A sessão contou com a presença de
diversas autoridades do segmento, além da sociedade civil e dos trabalhadores
rodoviários – categoria que sofre com os assaltos e atentados contra a vida, em
seu ambiente de trabalho. “Convoquei esta sessão com urgência, por que o
trabalhador rodoviário e a sociedade em geral, está sofrendo, cada vez mais,
com as ondas violentas que assolam a nossa cidade. Eu queria contribuir na construção
do projeto do vereador, Altair Brandão”, disse o vereador, Toré Lima.
Ainda na oportunidade, Toré disse
que “Precisamos aprovar esse projeto. Este projeto não vai gerar custo para o município,
já que esse sistema de monitoramento já existe dentro dos ônibus da capital. Que
hoje, além de ser vir apenas para monitorar o trabalhador, só serve para ver os
“pós” crimes e não em tempo real a ação dos criminosos”, complementou o
vereador.
“Sabemos que o ‘Botão do Pânico’
será uma ferramenta par auxiliar as autoridades no combate ao crime, dentro dos
coletivos. Mas, também sabemos, que esse não é o único meio de conseguir isso.
O poder público precisa estar presente nesses debates, que são de extrema
importância para todos nós”, finalizou Toré.
Na ocasião, o vereador, Altair Brandão, explicou de forma detalhada
como vai funcionar o projeto “Botão do Pânico” e, mais uma vez, explicou a
sociedade, imprensa e aos presentes, que não haverá nenhum botão para o
trabalhador rodoviário “apertar”. “Todas as
empresas de ônibus têm um sistema de GPS dentro dos ônibus. O que o projeto
propõe é que esse sistema – que só serve para vigiar a conduta dos
trabalhadores, possa ser interligado ao monitoramento do CIOP. Uma equipe será
contratada pela empresa de ônibus, que ficará responsável por esse
monitoramento. Caso alguma ocorrência aconteça, deverá ser acionado
imediatamente a equipe do CIOP, que, por sua vez, encaminhará uma viatura o
mais rápido possível até o local”, explicou o presidente. Ele ainda disse que
“não haverá botão algum para o trabalhador apertar. Quem fará o monitoramento
será a empresa de ônibus em conjunto com o comando do CIOP, 24 horas por dia.
“Esse projeto não vai servir
apenas para acionar a polícia caso algum crime aconteça ou esteja acontecendo.
Também servirá para acionar a Semob, bombeiros e SAMU – em caso de acidente no
trânsito. Esse projeto será um marco revolucionário para a nossa capital. Em
nenhum outro lugar do país, ele será tão complexo e eficiente, quanto será aqui”,
comemorou Altair Brandão.
O vereador. Joaquim Campos
(PMDB), declarou seu apoio ao projeto e disse que “eu compreendo melhor do que
ninguém – por ser comunicador, o risco que os trabalhadores rodoviários e a
população, enfrentam todos os dias. Precisamos procurar, junto com o sistema de
segurança pública do estado, soluções definitivas para combater isso”, disse o
vereador.
“Se o governo do estado, gastar
todo o recurso que tem para investir em projetos como esse, eu tenho certeza
que vai ser um dinheiro bem gasto, por que, nada se compara em preservar a vida
humana”, afirmou Joaquim Campos. Ao final, ele agradece ao vereador, Altair
Brandão, pela iniciativa do projeto. “Quero parabenizar o vereador e também
presidente do Sindicato dos Rodoviários do Pará, Altair Brandão, por ter
mostrado a solução. O que precisamos agora, é unicamente de boa vontade do
sistema de segurança pública do estado”, disse.
Em seguida, o diretor do
Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas Intermunicipais e
Interestaduais- SINTRITUR, Brailson Duarte, relembrou a importância da Câmara
Municipal de Belém, em defender os interesses e o bem-estar do povo. “Esta casa
precisa representar os anseios da sociedade sobre esta questão – violência.
Esse assunto, saiu, exclusivamente do anseio da categoria dos rodoviários, para
se tornar pauta pública”, falou o diretor.
“Não podemos esquecer também, da
nossa luta pela criação da ‘Delegacia Especializada em Crimes Dentro dos
Transportes Públicos’. Lei criada e aprovada pelo deputado Lélio Costa. O que
falta agora, é o governo do estado ver a importância de tratar esse time de
crime com maior atenção e especialização e sancionar o projeto”, finalizou
Brailson Duarte.
O vereador, Sargento Silvano, relembrou que “o policial militar
conhece exatamente onde está o problema que causa a violência que é uma questão
social. Mas, ele, o policial, infelizmente, não tem os mecanismos legais que
proporcionam a solução deste problema. Não podemos mais ficar apenas no diálogo
sem fazer nada efetivamente, os poderes do estado precisam se unir! ”, exclamou
Silvano.
“Enquanto os poderes do estado não se unirem em prol desta pauta, os
motoristas rodoviários e a população vão continuar sofrendo. Temos vários casos
em que os cobradores e motoristas perderam as suas vidas. E, não só os
rodoviários, mas, quando isso acontece, 20 a 30 pessoas correm o mesmo risco. O
projeto ‘Botão do Pânico’ irá ajudar a combater esse tipo de crime, mas não é
apenas ele que vai resolver o problema”, declarou o vereador, Sargento Silvano.
O delegado da Polícia Civil, Daniel Castro, também declarou seu apoio
ao projeto “Botão do Pânico”. “A coleta das imagens dos crimes dentro dos
coletivos, que serão captadas por esse projeto, vão auxiliar a polícia civil
nas investigações dos crimes. São incontáveis os casos que já utilizamos essas
imagens nas investigações. Nós, da seccional do Guamá, sempre trabalhamos
juntos aos trabalhadores rodoviários e o projeto, vai auxiliar o nosso trabalho”,
explanou Daniel.
A secretaria de segurança pública, representada pelo Coronel Arthur
Moraes, chefe do núcleo de operações especiais da Segup, apresentou as
operações de rotina que estão sendo feitas para coibir os crimes e mostrou
dados. Segundo ele, no total, 376 abordagens são feitas por dia na capital, 56
pessoas são presas e estão sendo feitos investimentos em tecnologia. O tenente
coronel Dumont, representando o Comando de policiamento da capital,
acrescentou. “Trabalhamos com amostragens e estatísticas sempre nos locais de
maior incidência de assaltos, como av. Pedro Alvarez Cabral, Senador Lemos,
Arthur Bernardes”.
Ao final, o diretor de ações do Sindicato das Empresas de Transportes
de Passageiros SETRANBEL, Natanael Romero, discorreu acerca da possibilidade de
instalar os equipamentos apresentados pelo projeto de lei do vereador Altair
Brandão. O representante da SETRANSBEL afirmou que a maioria dos ônibus já tem
monitoramento e que estão sendo feitos estudos para a instalação do canal
direto coma polícia. “O uso dessa tecnologia vai exigir custos. Ainda não
sabemos qual esse valor e quem vai pagar a conta. Estamos em fase de pesquisas
e esse debate nos ajudou a entender que a população precisa de mais segurança
nos ônibus”.
Por: Moisés Rosa (Assessor de Comunicação)
Com informações do site da CMB
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